O Brasil volta às ruas

Blog do Magno Martins
Não há dúvidas de que, este ano, as comemorações do Dia da Independência do Brasil terão um gostinho diferente dos anos anteriores. De acordo com postagens e informes circulados nas redes sociais, a sociedade, desta vez, não vai às ruas em números tímidos para assistir o desfile das tropas de segurança, muito pelo contrário, as publicações alertam para o que estão chamando de “o maior protesto da história do país”.

O sentimento de patriotismo ganha corpo nutrido pela indignação de uma sociedade massacrada por aqueles eleitos para protegê-la. Episódios recentes como a manutenção do mandato do deputado federal Natan Donadon e a descoberta de atos de espionagem por parte do governo norte-americano contra autoridades brasileiras devem dar o tom da manifestação.

Não há nada mais bonito, do ponto de vista cívico, que ver as principais ruas e avenidas de uma cidade ser tomada por gente que reivindica seus direitos, que não se conforma com a corrupção e que não baixa a cabeça para a impunidade.

Contudo, espera-se que episódios de vandalismo, desta vez, não manchem tão bela manifestação do direito democrático de toda uma sociedade. Grupos teoricamente ligados ao movimento anarquista, sob o respaldo da tão criticada impunidade, utilizam-se das redes sociais para convocar criminosos a participarem de atos deploráveis, entre eles, o explícito desejo de atear fogo em monumentos públicos.

Espera-se, ainda, menos truculência das forças de segurança. A polícia e as forças armadas possuem serviços de inteligência, gente teoricamente capacitada, mas que recebe para prever incidentes e, por isso, tem a obrigação de se antecipar ao óbvio. Não se combate fogo com fogo.

E vamos às ruas. Os mais reservados, por favor, manifestem seu apoio. Agora não dá mais para ficar calado.